Chevrolet Onix Joy: como se comporta o líder de vendas?

Economia e bom desempenho são os pontos fortes do modelo



O Onix chegou em 2012 dando ares de novidade a já defasada linha de produtos da Chevrolet. Mesmo mantendo motores de concepção antiga, foi conquistando mercado até chegar ao topo do ranking de vendas em 2015, que se mantém até hoje. MobTime avaliou por uma semana a versão Joy do hatch compacto, a mais barata da linha, com motor 1.0 e câmbio manual de seis marchas.




Como todo popular de entrada, não se espera nada mais que o básico em itens de conveniência e segurança. O Joy traz de série duplo airbag, freios ABS com EBD, ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas, sensor de pressão nos pneus, chave canivete, alarme e preparação para som. Rádio nem como opcional, somente como acessório instalado na concessionária.



Mesmo com visual bem equilibrado, o Onix Joy não tem aquele ar de novidade se comparado com as versões mais caras, reestilizadas em 2016. As rodas de 14 polegadas com calotas parecem pequenas quando visto de lado. Retrovisores e maçanetas não possuem pintura.

À bordo

Não era de se esperar nada melhor que plásticos rígidos no interior. Mesmo que não muito aparentes, existe a presença de rebarbas. O porta-luvas, mesmo fechado, parece que não se alinha ao painel. O quadro de instrumentos, com conta-giros analógico e velocímetro digital (que lembra o do Kadett GSI) é simples, traz somente informações de combustível, aviso de troca de marchas, monitoramento de pressão dos pneus, odômetro total e parcial.



A densidade da espuma dos bancos agradou, não cansando em viagens. Como esperado, não existe opção de regular altura e profundidade do volante e nem altura do banco, o que dificulta achar uma posição ideal para dirigir, ao menos o cinto de segurança possui ajuste. Os comandos são de fácil acesso, a única ressalva fica por conta dos botões dos vidros elétricos que estão localizados entre os bancos. O volante tem bom apoio para as mãos.



O espaço interno, para um hatch compacto, é suficiente. Para quem vai na frente, pode-se viajar com relativo conforto. Já os ocupantes do banco traseiro passarão mais aperto se os bancos dianteiros estiverem ajustados para uma pessoa com 1,80 m, e irão esbarrar os joelhos no encosto. Cintos de três pontos e apoio de cabeça é privilégio somente dos passageiros que vão nas laterais. O porta-malas está na média dos concorrentes e comporta 289 litros, mas como esperado em modelos desta categoria, não tem revestimento em suas laterais.



Impressões ao rodar

O motor 1.0 SPE/4 tem 78 cv quando abastecido com gasolina e 80 cv quando com etanol, e mesmo com concepção antiga, está em sua melhor fase, mesmo que na contramão da concorrência que cada vez mais investe nos propulsores três cilíndros. O câmbio manual de seis marchas surpreendeu, com engates curtos e precisos, ajudou o Onix a apresentar bom desempenho tanto na cidade como na estrada, considerando a proposta do modelo.



O isolamento acústico no Onix é deficiente, em rotações mais elevadas os ruídos de rodagem incomodam. A suspensão surpreendeu pela estabilidade, mas em contrapartida é menos confortável e os ocupantes sentem as imperfeições da via. A direção elétrica é leve e direta, facilitanto as manobras. Os freios se mostraram eficientes e bem dimensionados.

Consumo

Os dados do Inmetro indicam consumo de 8,9 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada quando abastecido com etanol, e 12,9 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada com gasolina.



Veredicto

Para quem busca um hatch de entrada com o essencial em equipamentos, motor ágil e confiável, pouco consumo de combustível e não liga para o design defasado em relação as outras versões, o Onix Joy é uma boa opção. Ao preço de R$ 42.990, a concorrência é ampla e dificulta a vida do modelo.

Os principais rivais são o Ford Ka S 1.0 por R$ 44.280, o Hyundai HB20 Comfort 1.0 a R$ 43.660 e o Volkswagen Gol Trendline 1.0 a R$ 43.840, todos alinhados com suas versões mais caras em design, mas equivalentes em itens de série ao Onix.

Na avaliação do MobTime o Onix Joy foi aprovado, mas peca por não trazer comando dos vidros elétricos nas portas e visual em conformidade com as demais versões da linha.

Desempenho: 8,0
Dirigibilidade: 8,5
Conforto: 7,0
Acabamento: 6,5
Espaço Interno: 7,0
Consumo: 9,0

Média Final: 7,6


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