Jeep Renegade Limited: bem equipado, modelo cumpre o que promete
SUV precisa de nova central multimídia, mas traz bom acabamento e ergonomia
Lançado em 2015, o Jeep Renegade chegou para marcar uma nova fase da Jeep no Brasil. Armado para combater o Ford EcoSport na época, dividiu os holofotes no início da sua jornada com o Honda HR-V, onde ambos alternaram durante alguns meses a liderança da categoria. Com a chegada do Compass, que compartilha plataforma e alguns componentes com o irmão menor, o Renegade perdeu um pouco de mercado, mas mantém bons números de venda. Mais completa opção disponível quando equipada com motor flex, a versão Limited foi avaliada pelo MobTime.
Com generoso pacote de itens de série, o modelo conta com ar-condicionado digital de duas zonas, direção elétrica, central multimídia de cinco polegadas com GPS nativo e câmera de ré, bancos em couro, faróis de xenon, painel de instrumentos configurável com tela TFT de sete polegadas, controle de tração e estabilidade, chave presencial, acendimento automático dos faróis, sensores de chuva e luminosidade, retrovisor eletrocrômico, start-stop, airbag duplo, retrovisores rebatíveis eletricamente e rodas de liga leve de 18 polegadas. Entre os opcionais do modelo estão o teto solar panorâmico por salgados R$ 7.000, o Pack Safety (airbags laterais, de cortina e de joelho para o motorista) por R$ 3.320 e protetor de cárter e para barros dianteiros e traseiros por R$ 680,00.
O estilo mais rebuscado dá ar de robustez ao Jeep. O destaque da frente da Renegade é a tradicional grade com sete aletas e os faróis com um X em volta do projetor do farol. As laterais trazem linha de cintura alta e os retrovisores são pintados na cor prata. Na traseira, as lanternas também tem um X estilizado no seu interior.
À bordo
Um dos pontos fortes do Renegade é o interior. Os materiais empregados tem boa qualidade, o painel é macio ao toque e não se notam rebarbadas ou peças mal encaixadas, o que contribui muito para o baixo nível de ruído do modelo. Os bancos são confortáveis e apoiam bem o corpo. Peca na falta de uma central multimídia compatível com o preço da Limited. Apesar de possuir câmera de ré e GPS nativo, a tela de cinco polegadas é pequena, e não possui espelhamento via Apple CarPlay ou Android Auto.
Os comandos são bem localizados e acessíveis, o volante revestido em couro traz controles de telefonia, rádio e piloto automático. Atrás dele, estão presentes aletas para trocas de marcha. O espaço na dianteira é amplo. O motorista pode ajustar o volante em altura e profundidade. No ajuste do banco, os comandos são de fácil manuseio. Como no Compass (leia avaliação aqui), o banco do passageiro conta com um compartimento embaixo do acento. Agora, se na frente existe a sensação de amplitude, na traseira o espaço só é bom para a cabeça. As pernas, com os bancos regulados para meus 1,81 m de altura, encostavam nos encostos dianteiros. O porta-malas tem 273 litros, pequeno se comparado aos concorrentes.
Impressões ao rodar
O motor 1.8 E.torQ EVO de 139 cv e 19,3 kgfm de torque com etanol e 135 cv e 18,7 kgfm de torque quando com gasolina, não fornece ao Renegade um desempenho empolgante, e em baixas rotações falta força. Ao menos acionando o modo Sport, por meio de um botão no painel, o desempenho melhora sensivelmente, dando um certo ânimo ao SUV. O câmbio de seis marchas é bem escalonado, as trocas são suaves e tem opção de trocas manuais, tanto pela alavanca como por borboletas atrás do volante.
Ruídos externos e internos não incomodam quem anda no Jeep. A direção elétrica é leve quando em manobras, e mostrou firmeza quando em velocidades mais altas. A suspensão é tem acerto mais firme, mas transmite pouco as imperfeições das ruas. O Renegade se mostrou estável, méritos do bom acerto dinâmico e dos controles de tração e estabilidade. Os freios, a disco nas quatro rodas, se mostraram eficientes.
Consumo
Os dados do Inmetro indicam consumo de 6,5 km/l na cidade e 7,6 km/l na estrada quando abastecido com etanol, e 9,5 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada com gasolina. Nada mal considerando o porte do Renegade. Porém, deveria ter melhor consumo na estrada.
Veredicto
Mesmo prestes a receber algumas mudanças na linha 2019, o Jeep Renegade agrada pelo custo x benefício que a versão Limited traz. O modelo tem no seu ponto forte o bom acabamento e uma vasta lista equipamentos. Peca pelo porta-malas pequeno perante os concorrentes diretos, a central multimídia pequena para os padrões atuais e que não possui espelhamento e ter como opcional mais bolsas de airbags, sendo que deveriam vir de série, já que se trata da versão topo de linha do SUV.
Desempenho: 8,0
Dirigibilidade: 9,0
Conforto: 8,5
Acabamento: 9,0
Espaço Interno: 8,0
Consumo: 8,0
Média Final: 8,4
Agradecimento à concessionária Felice Jeep de Santa Maria/RS por ceder o veículo para avaliação.
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